Acordar
às 04:30 hs da madruga não é fácil, ainda mais quando não se consegue dormir
mais cedo que o horário de costume, mas vale a pena quando o objetivo é
caminhar 22 km. Isso mesmo, caminhada. A Caminhada Ecológica dos Amigos do Salvador
atingiu sua 14ª edição. Muita gente enfrente à Igreja Matriz, aproximadamente
mil pessoas. Pelo que li a respeito dessa caminhada ecológica, Jaguariúna
recebe pessoas de várias cidades vizinhas e até de São Paulo para o evento.
O
percurso foi da Igreja Matriz até o Morro do Cristo na cidade vizinha de
Pedreira. Para quem não sabe Jaguariúna fica há 13 km apenas de Pedreira. Os 22
km percorridos entre asfalto e estrada de terra nos fez adentrar no perímetro
rural de Campinas e Pedreira até chegar o dito Morro do Cristo.
No
meio a tanta gente conheci a simpática e adorável Heloísa, garotinha de 11 anos
que, acompanhada do pai, encarou bravamente o percurso, além de me fazer
companhia.
Caminhei
das 05:00 hs à 09:00 hs, confesso que teve um momento, já em terra pedreirense,
tive vontade de desistir e pegar carona com algum carro de apoio, mas seria um
desatino, não iria pagar mico para a pequena Heloísa. Ah! Não seria mico e sim
orangotango! Foi nesse momento que notei
que tinha muito fôlego, mas pernas não colaboravam. Faltava pouco e bastava
continuar.
Foi
uma conquista chegar ao Morro do Cristo, porém eu ficava procurando o Cristo e
não o via, o que me levou a subir o tal morro. Foi justamente subindo aquele
morro que conclui não ter sido difícil acordar cedo e nem caminhar os 22 km, o
difícil era subir o morro. Sentia que a alma ia, mas o corpo ficava. Dava
vergonha, me senti uma tartaruga e tão devagar que subia, mas subi.
Doeu
tudo para subir e para descer também. E tirando o a bolha monstruosa no dedão
do pé, o resulto foi fabuloso: mente e
alma renovadas. Claro que depois de um delicioso pastel de frango.