Era para ser apenas um breve percurso de trinta minutos de
carro pela estrada interna que liga a cidade de Pedreira ao Distrito de Joaquim
Egídio em Campinas. Mas quando se leva na bagagem a fiel companheira Nikon
e o espírito aventureiro, digamos que
trajeto fica um pouco mais longo. Porém, mais interessante, porque pelo
caminho se vai parando e clicando.
Estávamos fotografando uma casa abandonada quando dois
garotos se aproximaram e perguntaram o porquê estávamos fotografando uma casa
velha, feia e abandonada. Mal sabem pueris criaturas, que diante do olhar de um
artista o feio transforma-se em belo.
Minha resposta foi imediata: “Gostamos de fotografar!”.
Simples assim, mas acompanhada da pergunta: “E vocês gostam?”.
Logo ouvi a resposta vindo longe: “Não sei, não tenho máquina”.
Olhei para trás e já estavam indo embora. Pedi que voltassem para
conversarmos, assim pude explicar o porquê daquela alça enorme e porque a
colocamos no pescoço. Logo sacaram que o equipamento é caro e todo cuidado é
pouco. E após uma aulinha the flash envolvi a alça da câmera no pescoço de um
deles, que logo sentiu o peso dela. O outro observava atento.
Foi mágico! Percebi quão interessante parecia ser aquela
experiência aos dois. Penso que, enquanto para eles pôde ser um momento de
descoberta numa simples brincadeira, para mim a descoberta foi de proporcionar
alegria e risos por meio de algo que amo: a fotografia.
Usar o conhecimento em prol das pessoas que nos circundam é essencial.
Usar o conhecimento em prol das pessoas que nos circundam é essencial.
Pode ser que eles nem façam ideia do que a fotografia
representa em minha vida, mas estou certa que levarão por bom tempo as lembranças
do momento vivido. Ou, talvez um dia, essa experiência sirva como fomento para
que surja mais um fotógrafo! E que isso seja, um fator de transformação e
empoderamento do ser.
Poder de transformação!
ResponderExcluirEssa é a "chave"!
Parabéns, lindas fotos, linda atitude!
Bjo
Obrigada Guilherme! Bjo.
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